Equipa

Em 1987, de regresso a Portugal, cria na cidade de Évora vários grupos informais que se consolidaram na Companhia de Dança Contemporânea de Évora – CDCE, em 1990.

Como coreógrafa, criou diversas peças coreográficas, tais como: Linha de Montagem (1992), Um outro Olhar (1994), Passioné (1994), Chão Vermelho (1996), Peças de Interior (1997), Perfilados de Medo (1999), Avoidingarden (2002), Olho Fogo (2005), Cal (2006), As Palavras não Ditas (2005, em colaboração com Susanne Linke), Life (2007), 2 Boxe (2008), 2B (2009), Gentes da Minha Terra (2011), Eros e Psiquê (2014), Terra Chã ( 2015, uma encomenda do Festival Vozes e Gestos da Terra Chã, Évora), IN-SHELL-SIDE (2016), Raízes (2017, uma encomenda do Cine-Teatro de Estarreja e Centro Cultural de Ílhavo), Tristão e Isolda (2018, uma encomenda do Cine-Teatro Avenida de Castelo Branco), Cumplicidades (2018, uma encomenda do Cine-Teatro Avenida de Castelo Branco), Ensaio sobre a Cegueira (2020, a partir da obra de José Saramago), Chico (2020, Coprodução Câmara Municipal de Évora), Pedra Angular (2021, uma encomenda da Câmara Municipal de Évora para o Festival Artes à Rua), Lucidez (2022), entre outras.

As suas obras foram apresentadas em teatros e festivais internacionais, tais como: Mes de Danza, Sevilha, Espanha; Theatre Methods Festival, Letónia; TanzWochen, Viena, Áustria; International Arts Festival, Delhi, Índia; Festival International du Théâtre de Bejaia, Bejaia, Argélia; Posthus Teatret, Copenhaga, Dinamarca; Dance Umbrella Festival, Joanesburgo, África do Sul; Mersin Yenisehir Belediysi Ataturk Kultur, Mersin, Turquia; International Dance Festival, Banguecoque, Tailândia; South Caucasus Contemporary Dance and Experimental Art Festival, Tbilisi, Geórgia; Karmiel International Dance Festival, Karmiel/Tel Aviv, Israel; Teatro Solis, Montevideu, Uruguai; Festival Culturel International de Danse Contemporaine d'Alger, Argel, Argélia; Teatro Palladium, Roma, Itália; Festival EULAT 4 Culture, Bruxelas, Belgica; Festival Temporada Cruzada Portugal França 2022, Paris, França; Derida Stage, Sofia, Bulgária.

Em 1997, cria na cidade de Évora o FIDANC - Festival Internacional de Dança Contemporânea, destinado à promoção e difusão da dança contemporânea portuguesa, no qual é directora artística e programadora.

Entre 2000 e 2004, a convite da Câmara Municipal de Beja, e da Câmara Municipal de Estremoz desenvolveu para a cidade de Beja e Estremoz um programa de formação e sensibilização em Dança Contemporânea, direccionado à comunidade.

Em 2002, participa no Festival TanzWochen, em Viena, Áustria, e inicia a colaboração artística com a coreógrafa Susanne Linke. Desta colaboração nasce a criação As Palavras não Ditas (2005), que estreia no Centro Cultural de Belém, numa co-produção entre a CDCE, o Centro Cultural de Belém e o Goethe Instituto de Lisboa.

Em 2005, programa em colaboração com o Goethe Instituto de Lisboa o ciclo de conferências, workshops e espectáculos A liberdade do Corpo, a partir da linguagem da dança-teatro alemã, actividades realizadas no Centro Cultural de Belém, Escola Superior de Dança e Goethe Instituto de Lisboa.

Coreografou para os espectáculos de teatro Elementos Menos Produtivos (encenação de Luís Varela) e Mein Kampt (encenação de Paulo Pereira).

Entre 2003-2007, formou-se em Pilates na Body Control Pilates Academy de Londres, Inglaterra.

Em 2017, ministrou Master Classes de Dança Contemporânea na programação do Festival Dance Umbrella, em Joanesburgo, Africa do Sul, no Conservatório de Montevideo, Uruguai, e no Education Through Movement - International Dance Festival, em Banguecoque, Tailândia.

Em 2017, cria o Centro de Artes de Marvila, como vertente cultural do Vale Formoso Futebol Clube. Desenvolve para o espaço um programa educativo, residências artísticas, e o Roof Dance Festival. Em 2019, coreografa a Ópera "Geraldo e Samira", uma obra original com música de Amílcar Vasques Dias, produção da Musicara em parceria com a Câmara Municipal de Évora.

É directora artística, coreógrafa e bailarina da CDCE - Companhia de Dança Contemporânea de Évora, e professora da Escola de Formação CDCE, para além de ministrar anualmente acções de formação e Masterclass, em diversas escolas nacionais, e no estrangeiro.

Durante o seu percurso como bailarino profissional trabalhou com inúmeras companhias nacionais e internacionais, tais como Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, Quorum Ballet, International Dans Theatre.

Neste momento é bailarino da Companhia Nacional de Bailado, e assistente da direcção artística, bailarino convidado da CDCE - Companhia de Dança Contemporânea de Évora.

Com formação e experiência como realizador e ator em vários países, ele concebeu, escreveu, produziu e dirigiu uma variedade de espetáculos teatrais, incluindo teatro político da Primavera Árabe, adaptações modernas de tragédias gregas e outros clássicos, filmes em Paris, Lisboa e Islândia, teatro online, peças originais para festivais de teatro internacionais e uma peça de rádio 'Luz Diafana' na Voz Online.

Após a pandemia, ele encenou Orfeu como uma exploração do luto e Galileu como uma exploração da verdade psicológica com base no trabalho de Grotowski com psicólogos da U.Lisboa, co-facilitou um festival celebrando a experiência queer, orientou artistas emergentes como parte do programa de residência TIP. Foi o diretor de eventos para o JÁFEST 2023 e, mais recentemente, em colaboração com o Museu de História Natural e Ciência de Lisboa, encenou NO EXIT, uma versão delirantemente re-imaginada da peça de Sartre misturada com a robustez de pensamento de Goethe.

Desde 2006, tem desenvolvido os seus próprios projetos de criação artística multidisciplinar, experimental, processual e com caráter autobiográfico. O desenho, a performance arte, a manipulação de objetos, o som, o movimento e a escultura são os meios essenciais aos quais recorre. Como performer, propõe-se à construção e composição de dispositivos intuitivos, ao utilizar materiais, sonoridades, imagens e objetos principalmente provenientes de processos de encontro espontâneo, reaproveitamento e respigação. A caminhada e o estado de deriva têm emergido como base processual meritória.

Os seus projetos têm sido desenvolvidos, apresentados e expostos em diversos lugares, em parceria com diferentes estruturas, como Teatro Municipal Rivoli (Porto), Arte Total (Braga), Ilka Studios (Hannover), 4BidGallery (Amsterdam), Rua Gaivotas 6 (Lisboa), Faculdad de Bellas Artes U.C.M./Acción Spring(t) (Madrid), Lake Studios (Berlim), Centro de experimentação artística CEIA (Moita), Festival Mandala (Wrocław), Territori Festival (Ibiza) ou Correios em Movimento/Dança em Trânsito (Rio de Janeiro).

Paralelamente ao desenvolvimento das suas próprias criações e pesquisas, tem colaborado como figurinista, músico, cenógrafo, performer (entre 2006 e 2017) e assistente de ensaios com diferentes artistas e companhias. É artista associado do Balleteatro, onde desenvolve projetos de criação e formação na Escola Profissional, além de co-curadoria dos programas Corpo+Cidade (desde 2014) e Extemporânea (desde 2023).

Desde 2015 que cria os seus projetos autorais em vários contextos e formatos, apresentando-os em Portugal, Espanha, Alemanha, Holanda e México. Nestes projetos partilha uma relação íntima e continua com o artista pluridisciplinar Flávio Rodrigues e a investigadora Telma João Santos. Alguns dos seus projetos são: tríptico da lamentação (Rei Criança 2016, A Deriva dos Olhos 2017, melancolia 2019), NÁCAR (2023), LA SOIF (2025). É modelo em aulas de figura humana desde 2010. Desde 2020 que desenvolve práticas relacionadas com agricultura.

Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, integrou a Companhia Ballet Júnior de Geneve, entre 2011 e 2014, e participou em todas as produções e tournées da companhia, tendo realizado diversos repertórios de Stijn Celis, Ken Ossola, Barak Marshall, Andonis Foniadakis, Hofesh Shechter, Gustavo Ramirez Sansano, Gilles Jobin, Cindy Van Acker, Thierry Malandin, Patrick Delcroix, Lucinda Childs e novas criações com Idan Sharabi, Guilherme Botelho e Yann Marussich.

Desde 2015, é bailarina freelancer e tem participado em vários projetos e em diferentes cidades da Europa, destacando-se: Bal Moderne (2023), Rafael Barreto (2019 e 2022); Teatro Manga (2022); Galway Moves (2020/2021); Rita Spider (2017 e 2019); Cie José Besprosvany (2016/2017); Renato Zanella (2016); Cie Women’s Move (2015/2016); Cie Yann Marussich (2014/2015).

Em 2021, frequentou o curso de Gestão/Produção das Artes do Espetáculo, e passa a integrar a equipa da Quinzena de Dança de Almada como assistente de produção, participando na 29ª e 30ª edição. No âmbito da lecionação de Técnicas de Dança Clássica e Contemporânea, destaca-se: Escola Superior de Dança (2022, 2023), Pallco- Performing Arts School & Conservatory (2020/2021); Projeto Dançar (2016/2017 e 2021/2022); Escola de Música Nossa Senhora do Cabo (202/2022); Quorum Academy (2018/2019); Academia da Estrela (2018/2019), Externato Cesário Verde (2018/2019) Frequenta o 1º ano do Mestrado em Criação Coreográfica e Práticas Profissionais.

Atualmente concilia a sua atividade de interpretação com a docência.

"Estreou-se" nesta área em 1990 com Rei Lear, com encenação de Carlos Avillez para o TEC, e desde aí colaborou com diversas companhias de dança, como o Ballet Gulbenkian, Companhia Clara Andermatt, Companhia de Dança Contemporânea de Évora, Companhia Nacional de Bailado e Companhia Paulo Ribeiro, com coreógrafos como Benvindo Fonseca, Clara Andermatt, Nélia Pinheiro, Paulo Ribeiro, Rui Horta, com as orquestras Divino Sospiro e Metropolitana e com encenadores como Beatriz Batarda, Carlos Pimenta, João de Brito, Luca Aprea, Marco Medeiros, Maria Emília Correia, Miguel Loureiro, Rares Zaharia, Raquel André, Ricardo Neves-Neves, Tiago Rodrigues, Tonan Quito e Yaron Lifschitz, entre outros.

Foi sócio fundador do Teatro Só (1995) e do Cão Danado e Companhia (2001), é sócio da ASSéDIO (desde 1998) e é colaborador regular da Companhia Paulo Ribeiro (desde 2001) e dos Arena Ensemble (desde 2007).

Foi distinguido, em 2004, com o Prémio Revelação Ribeiro da Fonte.